O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conhecido como Itamaraty, emitiu um comunicado contundente em resposta às ameaças feitas por um alto funcionário do governo americano, sugerindo que os Estados Unidos tomariam medidas adequadas caso o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse condenado em qualquer processo judicial em curso no país. A declaração americana foi interpretada pelo Itamaraty como uma interferência indevida nos assuntos internos do Brasil e uma tentativa de pressionar o sistema judiciário brasileiro, minando princípios democráticos básicos. A posição brasileira enfatiza que a soberania nacional e a independência judicial são pilares intransponíveis, e que o país não se curvará a pressões externas, independentemente de sua origem ou natureza. O governo brasileiro reiterou seu compromisso com o Estado de Direito e a separação dos poderes, assegurando que os processos judiciais seguirão seu curso legal sem qualquer tipo de interferência, garantindo o devido processo legal para todos os envolvidos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. Essa troca de farpas diplomáticas ressalta as tensões existentes entre os dois países, especialmente em um cenário político polarizado no Brasil e as diferentes visões sobre a atuação de figuras políticas de relevo, como no caso de Bolsonaro, que ainda mantém forte influência em parcelas significativas do eleitorado brasileiro, mesmo após ter deixado a presidência.