A incerteza em torno do futuro do Banco Master tem gerado apreensão entre os investidores de seus Certificados de Depósito Bancário (CDBs). A possibilidade de uma liquidação extrajudicial fez com que muitos procurassem antecipar o resgate de seus investimentos, mesmo que isso implique perdas financeiras. Essa movimentação reflete um clima de desconfiança que se instalou no mercado em relação à solidez da instituição.

A situação é ainda mais delicada em função do potencial impacto sobre outros entes financeiros. Relatos indicam que o BRB, diversos fundos de pensão e um banco estatal podem ter um prejuízo considerável, estimado em até R$ 3 bilhões, caso o Banco Master venha a ser liquidado sem que haja um comprador. Essa exposição de grandes players do mercado agrava o risco de contágio e pode gerar instabilidade no sistema financeiro.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, expressou publicamente suas preocupações, afirmando que a paralisação na negociação para a aquisição do Banco Master pelo BRB representa uma ameaça não apenas para as partes diretamente envolvidas, mas para todo o sistema financeiro. Segundo ele, essa trava na transação pode ter consequências abrangentes e requer uma atenção especial das autoridades reguladoras e do próprio banco estatal.

Em declarações recentes, o governador Ibaneis Rocha sinalizou que a decisão final do BRB sobre a continuidade ou desistência da compra do Banco Master está condicionada à aprovação do Banco Central do Brasil. Essa dependência do aval regulatório demonstra a complexidade do processo e a necessidade de rigor na análise dos riscos envolvidos, tanto para a instituição adquirente quanto para os credores do Banco Master.