Um surto de intoxicação por metanol em São Paulo resultou em duas mortes e gerou alerta em todo o país. O metanol, um álcool tóxico, tem sido encontrado em bebidas alcoólicas adulteradas, com suspeitas de ligação com o crime organizado, o que aumenta a preocupação das autoridades. A força-tarefa montada para investigar o caso busca identificar os responsáveis pela produção e distribuição dessas substâncias perigosas. Nove casos de intoxicação por metanol já foram registrados pelo Sistema do Governo Federal, indicando a extensão do problema que extrapola as fronteiras do estado de São Paulo. A situação exige atenção redobrada por parte dos consumidores e das autoridades de saúde pública. Este tipo de adulteração de bebidas alcoólicas não é um fenômeno isolado e tem sido historicamente associado a grupos criminosos que visam lucrar com a produção clandestina e a venda de produtos falsificados e de baixo custo, muitas vezes sem nenhum controle de qualidade ou segurança sanitária. A rápida disseminação em redes sociais e a dificuldade em rastrear a origem exata tornam o combate ainda mais desafiador para as polícias e órgãos de fiscalização. O metanol, quando ingerido, pode causar danos neurológicos graves, cegueira e levar à morte. Muitos casos iniciam com sintomas semelhantes aos do consumo excessivo de álcool comum, como tontura, náuseas e dor de cabeça, mas progridem rapidamente para complicações mais sérias, como dificuldade respiratória, convulsões e coma. A falta de conhecimento por parte da população sobre os riscos e a aparência idêntica das bebidas adulteradas aos produtos originais contribuem para que mais pessoas se tornem vítimas. As autoridades sanitárias reforçam a importância de adquirir bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos comerciais legalizados e com boa reputação, além de desconfiar de preços excessivamente baixos ou embalagens suspeitas. A colaboração da sociedade na denúncia de locais que comercializam produtos de origem duvidosa é fundamental para o sucesso das investigações e para prevenir novas tragédias.