Intoxicação por Metanol: ES e SP registram novos casos e bares sentem impacto econômico
A preocupação com a intoxicação por metanol se intensifica no Brasil, com novas notificações surgindo em diferentes estados. No Espírito Santo, o município de Itapemirim foi adicionado à lista de cidades com casos suspeitos, elevando a atenção das autoridades de saúde locais. Paralelamente, São José dos Campos, em São Paulo, registrou seu primeiro caso confirmado, indicando a disseminação do agente tóxico pelo território. O estado de São Paulo lidera o número de casos confirmados, com 25 registros, somando-se a outras ocorrências para um total de 29 casos em todo o país, conforme balanços mais recentes divulgados pelos órgãos de saúde. A situação tem um impacto direto na vida cotidiana e na economia, como observado em Porto Alegre. Bares da capital gaúcha já relatam uma diminuição no movimento de clientes, além da redução na venda de drinks específicos. O receio gerado pelas notícias sobre a intoxicação tem levado as pessoas a evitarem estabelecimentos desse tipo, impactando o setor de entretenimento e lazer. Essa apreensão, por vezes, se traduz em mudanças de hábitos e em um clima de maior cautela entre os consumidores. A gravidade da intoxicação foi reforçada em Minas Gerais, onde uma jovem apresentou um quadro de rápida evolução e faleceu sob suspeita de ter sido vítima do metanol. O sistema de saúde mineiro está investigando o caso detalhadamente, buscando identificar a origem da contaminação e as circunstâncias que levaram a esse desfecho trágico. A rápida progressão dos sintomas em alguns pacientes ressalta a periculosidade da substância e a necessidade urgente de conscientização sobre os riscos associados ao consumo de produtos adulterados. A presença de metanol em bebidas alcoólicas pode ocorrer devido a adulterações propositais por fabricantes clandestinos que buscam baratear o custo de produção, ou por falhas no processo de fabricação que resultam na contaminação. Independentemente da origem, o metanol, quando ingerido, é metabolizado no fígado em substâncias extremamente tóxicas, como o formaldeído e o ácido fórmico, que podem causar danos severos ao nervo óptico, levando à cegueira, insuficiência renal e lesões neurológicas irreversíveis, muitas vezes culminando em óbito. As autoridades sanitárias reforçam a importância de consumir bebidas alcoólicas apenas de fontes confiáveis e com procedência conhecida, evitando produtos com preços muito abaixo do mercado ou embalagens suspeitas. A colaboração da população na denúncia de produtos irregulares é fundamental para barrar a disseminação e proteger a saúde pública. A investigação para identificar os lotes contaminados e os responsáveis pela distribuição tem sido prioridade, visando coibir futuras ocorrências e garantir a segurança do consumidor.