Carregando agora

Interrupção Precoce da Aspirina Pós-Infarto Aumenta Risco Cardiovascular, Revela Estudo Brasileiro

Um estudo brasileiro de grande porte, publicado recentemente, trouxe à tona informações cruciais sobre o manejo da terapia antiplaquetária após um evento coronariano agudo. A pesquisa acompanhou milhares de pacientes que sofreram infarto do miocárdio e que foram tratados com o implante de stents coronarianos, um procedimento comum nesses casos. Os resultados são categóricos ao demonstrar que a interrupção precoce do uso da aspirina, um medicamento amplamente conhecido e utilizado como antiagregante plaquetário, está associada a um aumento considerável nos riscos de novos eventos cardiovasculares adversos maiores, que incluem reinfarto, acidente vascular cerebral (AVC) e morte de causa cardiovascular. Essa descoberta é de extrema importância para guiar as práticas clínicas e alertar os pacientes sobre a necessidade de adesão estrita ao tratamento prescrito. A aspirina funciona ao inibir a agregação das plaquetas, impedindo a formação de coágulos que podem obstruir as artérias, especialmente em locais onde houve a implantação de stents, que podem ser sítios de trombose. Interromper seu uso antes do tempo recomendado pode deixar o paciente vulnerável à formação desses coágulos perigosos. É fundamental que os pacientes compreendam que a aspirina, mesmo sendo um medicamento de venda livre e com um longo histórico de uso, requer acompanhamento médico rigoroso e que qualquer decisão sobre sua suspensão deve ser tomada em conjunto com o cardiologista. Fatores como o tipo de stent utilizado, a presença de outras comorbidades e o risco individual de sangramento precisam ser cuidadosamente avaliados antes de se considerar a descontinuação da dupla antiagregação plaquetária, na qual a aspirina é frequentemente um dos componentes primários. O estudo brasileiro corrobora achados internacionais e reforça a importância da manutenção da terapia antiplaquetária por um período adequado, que pode variar de acordo com o protocolo e as características clínicas de cada paciente, para garantir os benefícios máximos e minimizar os riscos de complicações trombóticas. Portanto, a mensagem para os pacientes é clara: não interrompa o uso da aspirina sem orientação médica qualificada. Os benefícios da continuidade do tratamento para a prevenção secundária de eventos cardiovasculares superam, na maioria dos casos, os potenciais riscos associados ao seu uso prolongado, quando devidamente monitorado.