São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina, está passando por uma crise sem precedentes devido à falha na rede de distribuição de energia elétrica, que já dura quatro dias. A situação se agravou drasticamente após fortes rajadas de vento, que ultrapassaram os 70 km/h, causarem extensos danos à infraestrutura. A Companhia de Energia Elétrica (Enel), responsável pela distribuição na região, tem sido alvo de críticas severas pela lentidão em restabelecer o fornecimento, gerando indignação popular e intervenção das autoridades. A falta de luz afetou não apenas a rotina dos moradores, com ceias de Natal comprometidas, mas também serviços cruciais como hospitais, com o risco de falha em equipamentos médicos vitais, e a infraestrutura de comunicação, como a internet, essencial para o trabalho remoto e o acesso à informação. A lenta resposta da Enel tem gerado um clima de descontentamento generalizado em todo o estado. Diante da gravidade e da persistência do problema, o governo estadual, sob a liderança do Governador Tarcísio de Freitas, buscou medidas legais drásticas. A Justiça de São Paulo determinou que a Enel religue a energia imediatamente em áreas afetadas, sob pena de uma multa horária de R$ 200 mil. Essa ação judicial reflete a urgência em resolver a crise e a pressão exercida sobre a concessionária para que cumpra suas obrigações de forma mais eficiente, especialmente em situações de emergência. O pedido de ajuda do Prefeito Ricardo Nunes ao Presidente Lula, em meio a esta crise, ressalta a magnitude do problema e a necessidade de coordenação entre os diferentes níveis de governo para mitigar os impactos. A situação expõe a fragilidade da infraestrutura energética e a necessidade de investimentos em resiliência, especialmente em face de eventos climáticos extremos que se tornam cada vez mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas. A demora na resolução do problema da falta de energia em São Paulo, além de causar transtornos imediatos, levanta questões importantes sobre a capacidade de resposta das concessionárias a eventos de grande escala e a necessidade de planos de contingência mais robustos e eficazes para garantir a continuidade dos serviços essenciais à população em momentos críticos, como feriados e crises climáticas.