Internações por fimose e complicações disparam entre adolescentes no SUS
Um levantamento recente aponta um crescimento alarmante nas internações de adolescentes no Brasil devido a problemas relacionados à fimose. Entre 2013 e 2023, o número de jovens de 10 a 19 anos hospitalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) por essa condição e suas complicações aumentou em 81%. Este dado, divulgado por diversos veículos de comunicação, como Estadão, Metrô1 e Folha de Curitiba, levanta preocupações sobre a saúde urológica dessa faixa etária e a eficácia das políticas de prevenção e acesso ao tratamento. A fimose, que é a incapacidade de retrair completamente o prepúcio (a pele que cobre a cabeça do pênis), pode levar a uma série de complicações se não for tratada adequadamente, como infecções urinárias recorrentes, balanites (inflamação da cabeça do pênis) e, em casos mais graves, problemas de higiene que aumentam o risco de doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo câncer de pênis no futuro. O aumento nas internações sugere que muitos casos estão chegando a um estágio mais avançado, exigindo intervenção cirúrgica ou tratamento para as complicações derivadas. É fundamental que pais e adolescentes estejam cientes da importância do acompanhamento médico regular. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, que pode variar desde exercícios de retração do prepúcio até a cirurgia de postectomia (circuncisão), são cruciais para evitar o agravamento do quadro e garantir a saúde a longo prazo. A rede de atenção primária à saúde tem um papel vital em orientar sobre a condição, identificar sinais de alerta e encaminhar os jovens para especialistas quando necessário. Investir em campanhas de conscientização e facilitar o acesso a consultas urológicas e cirúrgicas pode reverter essa tendência preocupante e assegurar o bem-estar dos futuros adultos. A falta de informação ou o receio em buscar ajuda médica podem ser fatores determinantes para o adiamento do tratamento, culminando em quadros mais complexos e em maior demanda por leitos hospitalares. Abordar a questão com desinformação e tabus é um obstáculo significativo que precisa ser superado. O sistema de saúde público, ao registrar esse aumento, demonstra a necessidade de otimizar os fluxos de atendimento e de capacitar os profissionais para lidar com essa demanda crescente. A saúde urológica na adolescência é um componente essencial da saúde geral, impactando a qualidade de vida, a autoestima e a saúde reprodutiva futura. Portanto, o contínuo monitoramento e a ação proativa são imprescindíveis para reverter essa estatística no SUS.