Insegurança Alimentar Grave no Brasil Cai 19,9%, Impactando 6,4 Milhões de Pessoas
A recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela um cenário encorajador no combate à fome no país. O número de lares brasileiros que enfrentam insegurança alimentar grave diminuiu em 19,9%, um índice expressivo que representa a menor estatística já registrada desde 2004. Essa queda significativa indica que aproximadamente 6,4 milhões de brasileiros deixaram de viver em situação de fome aguda, um marco importante na política social e econômica do Brasil nas últimas décadas. A insegurança alimentar abrange diferentes graus, desde a leve, onde a preocupação com o acesso a alimentos é uma constante, passando pela moderada, que implica a redução na qualidade ou quantidade da alimentação, até a grave, que se caracteriza pela interrupção do acesso a alimentos, resultando em fome. A redução expressiva nos lares com insegurança alimentar grave sugere que programas de transferência de renda, políticas de segurança alimentar e o fortalecimento do mercado de trabalho têm surtido efeito positivo na vida de milhões de cidadãos, garantindo um acesso mais estável a uma alimentação adequada. É fundamental analisar os fatores que contribuíram para essa melhora. A articulação entre políticas públicas voltadas para a geração de emprego e renda, o fortalecimento da agricultura familiar, o aumento do acesso a programas sociais como o Bolsa Família e a criação de iniciativas de combate ao desperdício de alimentos são elementos cruciais que, em conjunto, podem ter impulsionado essa diminuição. Além disso, a atuação de organizações da sociedade civil e a conscientização sobre a importância da segurança alimentar também desempenham um papel relevante nesse contexto. Apesar do avanço, é imperativo manter o foco e o compromisso com a erradicação da fome no Brasil. A pesquisa também apontou que, embora longe de ser erradicada, a segurança alimentar tem se consolidado como uma prioridade, com mais de dois milhões de lares saindo da condição de insegurança alimentar em 2024. A vigilância contínua e a adaptação das políticas às realidades regionais são essenciais para garantir que essa conquista se mantenha e se amplie, promovendo um país com mais justiça social e equidade no acesso à alimentação para todos os seus cidadãos.