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Influenciador Buzeira e esposa Ingrid Ohara presos em operaoção da PF contra lavagem de dinheiro do tráfico

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (18) a operação “Fake River” que mira um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Entre os presos está o influenciador digital T10, cujo nome é Matheus Neves, mais conhecido como “Buzeira”, e sua esposa, Ingrid Ohara. As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava redes de postagens em redes sociais e apostas esportivas para legitimar os valores obtidos com atividades ilícitas. A PF busca desarticular a organização criminosa e recuperar os ativos movimentados. Os influenciadores teriam um papel central na divulgação das plataformas de apostas, possivelmente sem o conhecimento detalhado da origem dos fundos, mas atuando como fachada para a lavagem de dinheiro. A coordenação das ações teria sido influenciada por figuras ligadas ao tráfico de drogas, que utilizariam essas figuras públicas para dar credibilidade aos esquema de transações financeiras. O condomínio de luxo onde Buzeira foi detido, em um bairro nobre, conta com imóveis avaliados em até R$ 3 milhões, o que evidencia a alta capacidade financeira do grupo investigado e levanta questões sobre a origem lícita de tão vultuosos bens. A utilização de plataformas de apostas esportivas tem se tornado um método cada vez mais comum para a lavagem de dinheiro, devido à sua natureza de transações rápidas e pela dificuldade de rastreamento em algumas operações, especialmente quando envolvem contas offshore ou utilização de criptomoedas. A PF tem intensifiacação das ações de combate a esse tipo de crime financeiro, que prejudica a economia e fomenta a criminalidade. As apurações indicam que o influenciador Buzeira já teria se envolvido anteriormente em discussões com figuras criminosas, como Neymar do PCC, em relação a bens de luxo, como uma Lamborghini, o que reforça a complexidade das conexões investigadas. A operação “Fake River” é um reflexo da crescente preocupação das autoridades com a infiltração do crime organizado no mercado digital e em setores da economia que, à primeira vista, parecem inofensivos. O caso reforça a importância de uma regulação mais rigorosa do setor de apostas esportivas e de uma maior transparência nas operações financeiras online para coibir fraudes e crimes contra a ordem econômica e laver de dinheiro. A PF segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e desmantelar completamente a rede criminosa.