Os rebeldes Houthi, que controlam grande parte do Iêmen, emitiram um comunicado oficial nesta quinta-feira (4) alertando que qualquer ação militar dos Estados Unidos contra o Irã resultará em retaliação direta contra navios americanos no Mar Vermelho. A declaração surge em um contexto de crescentes tensões entre o Irã e os Estados Unidos, após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano em Bagdá, no Iraque. Os Houthi, que são aliados do Irã, consideram essa ação uma grave escalada e um ato de agressão que merece uma resposta contundente. A posição dos rebeldes iemenitas adiciona uma nova camada de complexidade ao já volátil cenário geopolítico do Oriente Médio, demonstrando a interconexão regional dos conflitos e a capacidade de grupos apoiados pelo Irã de projetar ameaça. Este posicionamento estratégico visa dissuadir os Estados Unidos de uma intervenção militar direta contra o Irã, utilizando o Mar Vermelho como um ponto de pressão. A rota marítima, vital para o comércio global, se torna um palco potencial para o agravamento desta crise diplomática e militar. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, temendo uma guerra mais ampla que poderia desestabilizar ainda mais a região e ter impactos econômicos globais. A ameaça dos Houthi sublinha a extensão do alcance da influência iraniana e a disposição de seus aliados em defender o interesse mútuo contra potências ocidentais.