O mercado brasileiro de ações abriu o dia em território negativo, com o Ibovespa em queda, refletindo um cenário global de incertezas acentuadas. A imposição de novas tarifas de importação por parte do governo dos Estados Unidos, ampliando o leque de produtos e países afetados, gera apreensão entre os investidoresQuanto à política monetária, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) trouxe à tona nuances sobre as futuras decisões de juros nos EUA. Embora a ata tenha indicado um debate contínuo entre os membros do comitê de política monetária, a possibilidade de futuras elevações nas taxas ou a manutenção de uma postura mais restritiva por um período prolongado pesam sobre o apetite por risco. Para o Brasil, um cenário de juros mais altos nos EUA pode significar uma saída de capitais, pressionando ainda mais a moeda local e o mercado de ações. A atenção também se volta para os desdobramentos da participação de Guido Mantega na Câmara dos Deputados, em relação à conjuntura econômica do país. A volatilidade esperada para o dia é significativa, com os investidores atentos a todos esses fatores. A atuação de Wall Street, que abriu em alta, sugere uma recuperação inicial impulsionada por outros fatores, mas a política comercial e as decisões do Fed continuam a dominar o radar dos mercados globais, com repercussões diretas no Ibovespa. O índice europeu STOXX 600 também acompanha essa movimentação cautelosa, com os investidores monitorando de perto as negociações comerciais internacionais e suas potenciais consequências para o crescimento econômico global. O desempenho das blue chips brasileiras, empresas de grande capitalização e com forte peso no índice, tem sido particularmente afetado, uma vez que muitas delas possuem exposição significativa ao mercado externo, seja por meio de exportações ou importações, tornando-as mais sensíveis às mudanças no comércio global, especialmente em relação aos Estados Unidos e aos seus parceiros comerciais.