O Ibovespa encerrou o pregão com perdas, cedendo os 141 mil pontos em um dia marcado pela menor apetite por risco nos mercados globais e locais. A instabilidade política interna, impulsionada pelo início do julgamento de Jair Bolsonaro, somada à divulgação de dados do Produto Interno Bruto (PIB), gerou cautela entre os investidores. Setores como o bancário, com o Banco do Brasil registrando queda superior a 3%, sentiram o peso da aversão ao risco. O cenário externo também contribuiu para o desempenho negativo, com investidores atentos aos movimentos econômicos nos Estados Unidos.

A divisa americana, em contrapartida, fechou em alta. A conjunção de fatores como a incerteza política doméstica, o julgamento em questão e a expectativa em torno do comportamento do PIB brasileiro contribuíram para a valorização do dólar frente ao real. Analistas apontam que a busca por ativos considerados mais seguros em momentos de volatilidade tende a impulsionar a moeda americana.

Neste cenário, o dia também foi de atenção para eventos corporativos específicos. O Itaú Day se destacou como um ponto focal para a análise de investidores e analistas, oferecendo insights sobre as perspectivas e estratégias do setor financeiro. Essas divulgações podem influenciar as expectativas sobre o desempenho de empresas e do mercado como um todo.

A queda do Ibovespa pelo segundo dia consecutivo sinaliza um período de ajuste e reavaliação de preços em meio a um fluxo de notícias misto. A conjuntura exige acompanhamento atento dos indicadores econômicos, das decisões políticas e dos desdobramentos no cenário internacional para a formação de estratégias de investimento mais assertivas.