O Índice Bovespa (IBOV) registrou um desempenho notável nesta sessão, consolidando uma sequência de 15 altas consecutivas e redefinindo seus picos históricos. A bolsa brasileira encerrou o pregão com uma valorização expressiva de 1,87%, ultrapassando a marca dos 158 mil pontos e demonstrando forte apetite por risco por parte dos investidores. Este movimento ascendente é amplamente atribuído ao otimismo gerado em torno do ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic), com expectativas de novas reduções futuras, o que tende a tornar a renda variável mais atrativa em comparação com a renda fixa. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e os últimos dados de inflação, como o IPCA, têm sido monitorados de perto, e os indicadores recentes têm sinalizado um cenário propício para a continuidade da política monetária expansionista. A influência desses fatores macroeconômicos tem sido determinante para o ímpeto comprador no mercado acionário brasileiro, impulsionando o desempenho do principal índice da bolsa. O dólar, por sua vez, acompanhou a tendência de alta da bolsa com uma desvalorização significativa, atingindo R$ 5,27, o menor valor desde junho de 2024, o que corrobora o cenário de maior estabilidade e atratividade cambial, além de reforçar o fluxo de capital estrangeiro para o país, que responde pela maior parte das transações na bolsa. O comportamento do dólar em patamares mais baixos tende a beneficiar diretamente empresas com receitas dolarizadas e a reduzir pressões inflacionárias, criando um ciclo virtuoso para a economia brasileira. A performance positiva em 15 pregões consecutivos não é um feito comum e evidencia a confiança renovada dos agentes financeiros na capacidade da economia doméstica de absorver as dinâmicas atuais. A consolidação de novos recordes para o Ibovespa reforça a tendência de alta e abre espaço para projeções ainda mais otimistas quanto aos desdobramentos futuros do mercado de capitais no Brasil. A resiliência do mercado acionário, mesmo diante de incertezas globais, pode ser explicada pela combinação de políticas monetárias favoráveis e uma perspectiva de melhora nas projeções de crescimento econômico para o país nos próximos trimestres. Empresas de diversos setores têm apresentado resultados sólidos e perspectivas promissoras, o que se reflete diretamente na valorização de suas ações e, consequentemente, no desempenho do índice geral da bolsa. A continuidade dessa trajetória positiva dependerá, em grande parte, da manutenção da disciplina fiscal, da capacidade de o governo implementar reformas estruturais e do cenário macroeconômico internacional, mas os indicadores atuais pintam um quadro de otimismo considerável no curto e médio prazos para os investidores na B3. A força motriz por trás desses recordes reside na percepção de que o Brasil se tornou um destino mais atrativo para investimentos, devido a taxas de juros ainda elevadas em termos reais, um câmbio competitivo e um ambiente de negócios em franca melhoria, fatores que, em conjunto, estimulam a entrada de capital estrangeiro e aquecem o mercado local de ações.