O deputado federal Hugo Motta, anteriormente visto como um aliado próximo de figuras como Fernando Haddad e defendendo a agenda do governo, tem enfrentado um intenso escrutínio nas redes sociais, resultando no que alguns estudos chamam de ‘colapso simbólico’. Essa transformação na percepção pública ocorreu em meio a debates acirrados sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e outras pautas econômicas que dividiram a classe política e a sociedade.Originalmente posicionado como um porta-voz de novas ideias e um elo com setores progressistas, a trajetória de Motta na esfera digital parece ter sofrido uma reviravolta significativa. A forma como ele conduziu certas negociações ou defendeu posições controversas no Congresso Nacional gerou reações negativas que se amplificaram rapidamente nas plataformas online, transformando seu perfil de uma figura influente para um alvo de críticas e descontentamento.A crise em torno do IOF, em particular, serviu como um catalisador para o debate, com muitos usuários das redes sociais questionando a atuação do Legislativo e a gestão das políticas econômicas. As críticas direcionadas a Motta, muitas vezes associadas à crítica mais ampla ao que foi apelidado de ‘Congresso da Mamata’, evidenciam a complexa relação entre a política institucional e a opinião pública formada e disseminada na internet.Este fenômeno é particularmente notável no contexto de polarização política intensificada. Comentários e análises nas redes sociais, muitos deles vindos de grupos ideologicamente opostos, como sugerido na menção a uma ‘guerra na internet para acabar com a direita’, pintam um quadro de batalhas simbólicas onde a imagem dos políticos é constantemente moldada e, por vezes, desconstruída. O caso de Hugo Motta ilustra como a velocidade e o alcance das redes sociais podem ter um impacto profundo e, em alguns casos, irreversível na reputação e na carreira de figuras públicas.