Homem morre de Peste Negra nos EUA: O que é a doença e riscos atuais
Um paciente no norte do Arizona, Estados Unidos, faleceu recentemente após contrair peste pneumônica, uma doença rara mas extremamente perigosa. A bactéria responsável pela infecção é a Yersinia pestis, a mesma que causou a devastadora pandemia da Idade Média, conhecida como a Peste Negra ou a Morte Negra, que dizimou grande parte da população europeia entre os séculos XIV e XVII. Essa notícia, por mais chocante que pareça, nos lembra que doenças que consideramos erradicadas ou restritas a tempos remotos ainda podem ressurgir em nossa sociedade moderna, especialmente em contextos onde a higiene e o controle de vetores podem não ser ideais. A peste, em suas diversas formas – bubônica, pneumônica e septicêmica – continua sendo uma ameaça global, embora hoje existam tratamentos eficazes como antibióticos, desde que diagnosticada precocemente. O caso no Arizona serve como um alerta sobre a importância do monitoramento contínuo de patógenos e da vigilância epidemiológica. Yersinia pestis é tipicamente transmitida a humanos através da picada de pulgas infectadas que vivem em roedores, como ratos e esquilos. No entanto, a forma pneumônica, que parece ter afetado o paciente americano, pode se espalhar de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias expelidas pela tosse ou espirro. Por isso, a rápida identificação dos contatos e a quarentena são cruciais para evitar a disseminação. O Arizona, com suas extensas áreas rurais e presença de vida selvagem, pode apresentar um ecossistema propício para a circulação da bactéria entre animais, aumentando o risco de transmissão para humanos. As autoridades de saúde locais já iniciaram investigações para identificar a fonte da infecção e tomar as medidas necessárias para conter qualquer possível surto. Medidas de prevenção incluem evitar contato com animais doentes ou mortos, especialmente roedores, e manter ambientes livres de pulgas. Profissionais de saúde e a população em geral devem estar cientes dos sintomas da peste, que podem incluir febre alta, dor de cabeça, calafrios, fraqueza e, no caso da forma pneumônica, tosse com sangue e dificuldade para respirar. A rápida resposta médica é o fator determinante para a sobrevivência em casos de peste, e esta triste ocorrência ressalta a necessidade de manter a vigilância sanitária em alta, mesmo diante de doenças que parecem pertencer apenas aos livros de história.