A Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e tornou réu um homem acusado de agredir brutalmente a própria namorada com 61 socos dentro de um elevador. O crime, classificado como tentativa de feminicídio, chocou o país pela violência explícita e pela rapidez com que os socos foram desferidos, cerca de 61 agressões em apenas 34 segundos, do décimo sexto andar até o térreo. As imagens do circuito de segurança do prédio registraram a brutalidade do ato, onde a vítima é atingida repetidamente sem ter como se defender. Este caso expõe a gravidade da violência doméstica e a importância da atuação rápida do sistema de justiça em casos de feminicídio. A defesa do acusado alega que o ato teria sido motivado por ciúmes, mas a crueldade e a frequência dos golpes em um curto espaço de tempo indicam uma intenção clara de causar dano severo ou até mesmo a morte, caracterizando o dolo de feminicídio. O caso também levanta discussões sobre a necessidade de medidas mais eficazes para a proteção das mulheres vítimas de violência, bem como sobre o acompanhamento psicológico e a reabilitação de agressores, embora, neste caso específico, a prioridade seja a punição exemplar e a prevenção de novas ocorrências com o mesmo modus operandi. A vítima, felizmente, sobreviveu ao ataque, mas as sequelas físicas e psicológicas são profundas, exigindo acompanhamento contínuo. A mídia tem acompanhado de perto o desenrolar do processo, com relatos emocionados da própria vítima e de testemunhas que presenciaram ou foram informadas sobre a dimensão da agressão, destacando a resiliência da sobrevivente e a necessidade de visibilizar esses crimes para combatê-los efetivamente. A comunidade local e nacional tem se manifestado em repúdio à violência e em apoio à vítima, reforçando a mensagem de que tais atos não serão tolerados.