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Haroldo Costa, ator, diretor e mestre do Carnaval, morre aos 95 anos

Haroldo Costa, um nome que ressoa com força no cenário cultural brasileiro, nos deixou aos 95 anos, mas seu legado permanece vivo. Ator, diretor, escritor e um dos mais respeitados comentaristas de Carnaval, Costa foi um artista multifacetado que dedicou grande parte de sua vida à exaltação da cultura popular e das tradições afro-brasileiras. Sua partida representa uma lacuna imensurável para o teatro, a televisão e, especialmente, para o Carnaval, onde sua expertise e paixão contagiavam a todos. Desde os primórdios de sua carreira, Haroldo Costa demonstrou um talento notável, transitando com maestria entre papéis dramáticos e cômicos, sempre com uma entrega visceral que cativava o público. Sua voz era sinônimo de conhecimento e emoção quando o assunto era o desfile das escolas de samba, tornando-se uma referência para gerações de foliões e pesquisadores. Sua atuação em diversas novelas e peças teatrais solidificou sua posição como um dos grandes nomes da arte brasileira, mas era no Carnaval que seu brilho se intensificava ainda mais. Ele não apenas narrava os desfiles; ele os vivia, os interpretava, transmitindo a alma e a história por trás de cada alegoria, cada ala, cada som. Haroldo Costa foi um guardião da memória do Carnaval, um cronista apaixonado que sempre buscou enaltecer a criatividade, a garra e a representatividade dos blocos e escolas de samba. Sua visão crítica e sua profunda admiração pela arte do Carnaval o tornaram uma figura querido e respeitada por toda a comunidade artística e pelo público em geral. Sua dedicação à valorização da cultura afro-brasileira, inclusive em seu reconhecimento e exaltação a figuras como Mãe Beata de Yemọja e pela força dos terreiros, demonstrava sua postura engajada e seu profundo respeito pelas raízes do país. A forma como ele celebrava a diversidade e a riqueza das manifestações culturais brasileiras o imortaliza como um ícone.