Haddad cobra governo do Rio sobre combate ao crime organizado e críticas ao governador Castro
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações contundentes a respeito da ineficiência do governo do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado. Segundo Haddad, as medidas adotadas pelo estado para desmantelar as estruturas financeiras das facções criminosas, notadamente o Comando Vermelho, têm sido praticamente inexistentes. Ele enfatizou que o governador Cláudio Castro precisa adotar uma postura mais proativa e efetiva para enfrentar essa realidade, descrevendo a situação como um estado onde “nada foi feito”.
As críticas de Haddad se concentram na necessidade de atacar o chamado “andar de cima” do crime organizado, ou seja, os criminosos que controlam as finanças e a logística das atividades ilícitas. Para o Ministro, a inação do governo estadual em cortar o fluxo de dinheiro que sustenta essas organizações as torna mais fortes e resilientes. Essa abordagem, que prioriza o aspecto financeiro, é vista como crucial para uma desarticulação duradoura e para a diminuição da violência e do poder dessas facções no território fluminense.
A declaração de Haddad surge em um contexto em que o governo federal busca avançar em seu pacote fiscal e em outras agendas econômicas e de segurança pública. Ao direcionar críticas tão diretas ao governador do Rio, Haddad também envia um recado sobre a importância da cooperação entre as esferas de governo e a necessidade de que os estados assumam suas responsabilidades com a devida seriedade e agilidade. A falta de resultados concretos na descapitalização do crime organizado no Rio é vista como um entrave para a pacificação e o desenvolvimento do estado.
O Ministro da Fazenda reiterou que a ausência de ações significativas por parte do governo do Rio de Janeiro no enfrentamento financeiro ao crime organizado é um problema grave que exige atenção imediata. A expectativa é que as declarações de Haddad provoquem uma reavaliação das estratégias em curso no estado e acelerem a implementação de medidas mais eficazes para combater as facções criminosas em sua raiz econômica, uma estratégia fundamental para garantir a sustentabilidade da segurança pública e a melhoria do ambiente de negócios no Rio de Janeiro.