Gripe Aviária em SP: O que você precisa saber após o caso em Jaboticabal
Após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma ave silvestre na cidade de Jaboticabal, no interior de São Paulo, o Governo do Estado, por meio da Defesa Agropecuária, reforça as orientações à população e intensifica as ações de vigilância sanitária. O caso foi identificado em uma ave entregue a um laboratório da Unesp na cidade, e as autoridades já confirmaram que não há qualquer relação com a produção de alimentos ou aves domésticas comercializadas. Essa confirmação em ave silvestre acende um alerta importante para a necessidade de vigilância constante no território paulista, lembrando que a doença pode afetar aves domésticas e o comércio internacional de produtos avícolas. A IAAP é altamente contagiosa e pode causar alta mortalidade em aves, representando um risco significativo para a avicultura industrial, que é um setor importante da economia brasileira. O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo e a preocupação com a biosseguridade é primordial para manter a sanidade do rebanho e o acesso aos mercados internacionais. Medidas eficazes de prevenção e controle são essenciais para proteger a saúde animal e a saúde pública, uma vez que, embora raros, há registros de transmissão para humanos em contato muito próximo com aves infectadas. O sistema de vigilância agropecuária brasileiro é robusto e tem historicamente atuado preventivamente, mas a confirmação de um foco em ave silvestre exige a colaboração de toda a sociedade, desde produtores rurais até o cidadão comum, que deve comunicar às autoridades qualquer suspeita de doença em aves. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e as secretarias estaduais de agricultura e saúde estão em alerta máximo, com equipes prontas para agir em caso de novos focos ou suspeitas em qualquer região do estado. A comunicação transparente e o reforço nas medidas de biosseguridade são as principais armas no combate e na contenção da Influenza Aviária, garantindo a segurança alimentar e a estabilidade econômica do setor avícola. É fundamental que todos os criadores de aves, sejam comerciais ou de subsistência, reforcem as medidas de higiene e evitem o contato de suas aves com aves silvestre ou com animais que possam ter tido acesso a áreas de risco. A adoção de um vazio sanitário, o controle de acesso de pessoas e veículos às propriedades e a esterilização de equipamentos são práticas que minimizam a possibilidade de disseminação do vírus. A colaboração da população em geral, reportando aves mortas e desconhecidas às autoridades competentes, também é crucial para o sucesso das ações de vigilância. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo orienta que, em caso de encontrar aves mortas, especialmente em grandes quantidades, a população não deve tocá-las e deve comunicar imediatamente ao Centro de Vigilância Sanitária Veterinária mais próximo ou ao serviço de emergência veterinária.