O Presidente da COP30, o evento climático mais importante do mundo, escalou mais um membro do governo para lidar com a crescente crise de hospedagem em Belém, cidade sede do evento. A afirmação de que os preços de hotéis e estadias na capital paraense estão proibitivos para muitos participantes, em especial delegados de países em desenvolvimento e organizações da sociedade civil, gerou preocupação. O governo federal assegurou que está trabalhando ativamente para encontrar soluções, incluindo negociações com o setor hoteleiro e a oferta de acomodações alternativas para garantir a participação mais inclusiva possível.

Paralelamente, em uma cúpula recente, parlamentares de diversas esferas se reuniram para alinhar estratégias e o posicionamento do Brasil nas discussões que ocorrerão durante a COP30. O objetivo foi consolidar uma agenda brasileira forte e voltada para a ação climática, bem como garantir que as necessidades e os desafios específicos do país, com destaque para a Amazônia, sejam ouvidos e considerados nas negociações globais. A preparação envolveu desde pautas econômicas até a logística e segurança do evento.

A crise de hospedagem em Belém ganhou ainda mais destaque com o cancelamento da ida do Presidente da Áustria ao evento. A justificativa oficial citou os custos elevados da viagem e da estadia como fator determinante para a decisão. Este episódio reforça a preocupação levantada pelo Presidente da COP30 e adiciona um elemento de pressão sobre os organizadores e o governo para resolverem rapidamente a questão da acessibilidade financeira para a participação no evento.

Diante deste cenário, a organização da COP30 anunciou também o calendário de dias temáticos, que visam concentrar as discussões em aspectos cruciais da agenda climática, como financiamento, adaptação, mitigação e justiça climática. O Brasil, como anfitrião, tem a oportunidade única de liderar essas conversas, mas precisa demonstrar capacidade de organizar um evento acessível e eficiente, onde a questão da hospedagem em Belém se torna um ponto crítico a ser solucionado para a credibilidade do país como sede.