Ministro Alexandre Silveira descarta horário de verão em 2025
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou nesta terça-feira que o Brasil não terá horário de verão em 2025. A declaração, feita após debates e análises sobre a eficiência da medida em anos anteriores, encerra de vez as especulações sobre o retorno do adiantamento dos relógios. Segundo Silveira, a decisão foi tomada após um estudo aprofundado que avaliou o impacto do horário de verão no consumo de energia, nos hábitos da população e na economia em geral. A ausência do horário de verão tem sido uma constante nos últimos anos, refletindo uma tendência de reavaliação de políticas energéticas no país que buscam maior eficiência e menor onerosidade para a população.
Analisando o histórico, o horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931, tendo sido um recurso frequentemente utilizado para aproveitar melhor a luz solar e, consequentemente, reduzir a demanda por energia elétrica no período de pico, especialmente durante o verão, quando os dias são mais longos. No entanto, com o avanço da tecnologia, a mudança nos padrões de consumo de energia e a expansão das redes de distribuição, a real economia gerada passou a ser questionada. Estudos mais recentes indicavam que a margem de economia real já não era tão significativa quanto em décadas passadas, além de repercutir em questões de saúde e bem-estar da população, devido à dificuldade de adaptação ao novo ritmo em alguns indivíduos.
Outro ponto levantado nas discussões que levaram à decisão desta vez foi a estabilidade do sistema elétrico brasileiro. Após eventos recentes que geraram preocupações com a segurança energética, o governo tem priorizado a consolidação de fontes de energia e a otimização do uso dos recursos existentes. A possível descontinuidade de uma medida que, embora tenha o objetivo de economizar energia, pode gerar transtornos na organização da vida cotidiana e no funcionamento de setores específicos, como o de transporte e logística, parece ter pesado na balança. A prioridade agora é garantir a robustez e a confiabilidade do suprimento energético, sem a introdução de variáveis que poderiam complicar a gestão do sistema.
Em suma, a decisão de não retomar o horário de verão em 2025 sinaliza um alinhamento com as necessidades atuais do setor energético e da sociedade brasileira. O foco se volta para a modernização da infraestrutura, a diversificação da matriz energética e a adoção de tecnologias que promovam a eficiência em larga escala, sem a necessidade de medidas de ajuste horário. O Ministério de Minas e Energia reafirma seu compromisso em buscar soluções que garantam o fornecimento de energia de forma segura, confiável e a custos mais acessíveis para todos os brasileiros, em consonância com as metas de sustentabilidade e desenvolvimento do país.