Em um cenário de calor recorde em dezembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez um apelo à população para que adote o consumo consciente de água. A solicitação, divulgada à CNN Brasil, surge como uma resposta direta aos efeitos da estiagem prolongada e das temperaturas extremas que têm afetado o estado. A Sabesp, companhia de saneamento básico de São Paulo, já havia emitido orientações sobre a importância do uso racional dos recursos hídricos, visando garantir o abastecimento para todos os moradores da Grande São Paulo e outras regiões afetadas.

A situação se agrava com o aumento expressivo na demanda por água, que, segundo relatos, pode ter chegado a até 60% em alguns locais. Essa elevação no consumo, comum em períodos de calor intenso devido à maior utilização em atividades domésticas como banhos mais longos e lavagem de áreas externas, sobrecarrega o sistema de abastecimento já pressionado pela falta de chuvas. A falta de água em bairros da Grande São Paulo tem sido uma reclamação recorrente dos moradores, que sofrem com a escassez em meio à onda de calor.

A estiagem é um fenômeno climático que causa a diminuição significativa das chuvas em uma determinada região por um período prolongado. Em São Paulo, a falta de precipitações adequadas afeta diretamente os níveis dos reservatórios, que são as principais fontes de água para o abastecimento público. A combinação de altas temperaturas e baixo volume de chuvas cria um ciclo vicioso de escassez e demanda aumentada, exigindo ações preventivas e de conscientização.

Diante deste quadro, a orientação para a redução imediata do consumo de água não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade para mitigar os impactos de uma possível crise hídrica. O governo estadual e a Sabesp buscam, com essa comunicação, engajar a sociedade civil na solução do problema, lembrando que a responsabilidade pelo uso eficiente da água é compartilhada entre o poder público e cada cidadão. Medidas como reduzir o tempo de banho, fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar a louça, e reutilizar água sempre que possível, podem fazer uma grande diferença no alívio da pressão sobre os sistemas de abastecimento.