O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, teria solicitado ao governo dos Estados Unidos a aplicação de sanções contra o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. A informação, divulgada pelo jornal UOL, sustenta que um relatório foi entregue à administração de Donald Trump detalhando a necessidade de incluir o CV na lista de organizações terroristas patrocinadas pelo Estado americano. Tal medida visa intensificar o combate ao crime organizado no estado fluminense, com o objetivo de minar financeiramente e operacionalmente a facção. O relatório teria sido entregue por Flávio Bolsonaro, filho do então presidente Jair Bolsonaro, fortalecendo a tese de uma articulação política entre os governos brasileiro e americano em relação a essa pauta. A proposta de classificar o Comando Vermelho como organização terrorista busca um alinhamento internacional de políticas de segurança e repressão ao narcotráfico e outros crimes associados à facção. Essa classificação, caso efetivada, poderia acarretar em restrições a viagens, bloqueio de bens e maior cooperação internacional em investigações e operações contra os membros e a estrutura do CV. O pleito levanta discussões sobre a soberania brasileira no combate ao crime e a eficácia de sanções internacionais nesse contexto. A classificação de grupos criminosos como terroristas por outras nações tem implicações complexas, envolvendo aspectos legais, diplomáticos e de segurança pública às quais o Brasil teria que se adaptar e colaborar ativamente. A iniciativa espelha outras ações globais de combate ao terrorismo, mas adaptada à realidade do crime organizado brasileiro, evidenciando a gravidade do problema enfrentado no Rio de Janeiro e, por extensão, em outras partes do país. A proposta do governador e o apoio de figuras políticas relevantes demonstram a urgência e a ambição de encontrar novas ferramentas e parcerias na luta contra o crime organizado, buscando um impacto mais significativo e duradouro no enfraquecimento das principais facções criminosas do país. A cooperação internacional na área de segurança é um pilar fundamental para o sucesso no combate a essas organizações que muitas vezes transcendem fronteiras.