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Governador da Califórnia acusa Trump de dar o dedo do meio ao Brasil e critica ausência dos EUA na COP30

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, fez declarações contundentes a respeito da postura do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Brasil e às pautas ambientais globais. Segundo Newsom, Trump teria demonstrado um gesto de desrespeito ao Brasil, comparável a um “dedo do meio”, através da imposição de tarifas e de uma postura geral de isolacionismo e antagonismo em relação a questões internacionais. Esta acusação surge em um contexto de crescente insatisfação com a retirada dos Estados Unidos de acordos climáticos e de ações que visam enfraquecer a cooperação internacional, especialmente quando o Brasil se prepara para sediar a COP30. Newsom classificou a ausência de Trump e de sua administração de acordos ambientais como um ato de “guerra ideológica”, sugerindo que a política externa americana sob sua influência se baseia em uma desvalorização deliberada da inteligência e da cooperação global, apostando na “estupidez” como ferramenta de governo. Esta abordagem, de acordo com o governador, prejudica não apenas as relações bilaterais, mas também os esforços globais para combater as mudanças climáticas. A delegação americana na COP30, sem a presença oficial do governo Trump, é composta por figuras da gestão anterior, como representantes do ex-presidente Barack Obama, e de governadores estaduais, evidenciando a divisão política interna nos EUA sobre a agenda climática. Essa participação informal, liderada por estadistas focados em soluções locais e em pressionar por políticas federais mais robustas, demonstra a persistência de uma contracorrente em relação à política exterior de Trump. Contudo, a ausência de uma representação oficial de alto nível do governo dos Estados Unidos indiscutivelmente enfraquece a voz americana nas negociações climáticas globais, um ponto crítico onde a liderança das maiores economias é fundamental para o avanço de acordos ambiciosos. A situação é agravada pela iminente realização da COP30 no Brasil, um evento de suma importância que requer o engajamento de todas as nações, especialmente as potências econômicas, para que sejam estabelecidas metas concretas e mecanismos eficazes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A falta de um compromisso federal dos EUA pode ser interpretada como um sinal de descaso com os desafios que o planeta enfrenta, deixando uma lacuna nas negociações que pode ser explorada por outros países com agendas menos progressistas. A postura de Trump, marcada pelo nacionalismo exacerbado e pelo ceticismo em relação às preocupações ambientais, contrasta fortemente com a necessidade premente de ação multilateral. Ao priorizar interesses puramente domésticos e imediatistas, Trump negligencia as consequências de longo prazo de suas políticas, que afetam não apenas os Estados Unidos, mas todo o globo. A União Europeia e outras nações têm buscado suprir parte dessa ausência, mas o escopo da participação americana é insubstituível em termos de impacto e influência. Portanto, as críticas de Newsom ecoam a preocupação de que a política externa de Trump representa um retrocesso significativo para a governança global e para a luta contra a crise climática, cujas consequências já são sentidas e tendem a se agravar sem um esforço conjunto e determinado de todas as partes envolvidas.