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General Mario Fernandes admitee autoria de plano para matar autoridades brasileiras

O General Mario Fernandes surpreendeu ao admitir em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser o autor de um plano para assassinar altas autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin. O militar classificou a ideia como um “pensamento meu”, sugerindo que a iniciativa não chegou a se concretizar em ações planejadas de forma efetiva. A declaração ocorre em meio a investigações sobre atos antidemocráticos e tentativas de desestabilização do governo.

As falas do general foram divulgadas por diversos veículos de imprensa, como CNN Brasil, UOL Notícias, Valor Econômico e VEJA, que acompanharam de perto os desdobramentos do caso. Fernandes, que também declarou ter visitado acampamentos golpistas na condição de cidadão, busca com o depoimento mitigar sua participação em movimentos investigados pela justiça. A admissão de um plano de atentado, mesmo que tratada como um mero pensamento, levanta sérias questões sobre o alinhamento de militares de alta patente com setores que questionam a legitimidade das instituições democráticas.

A notícia gerou grande repercussão no meio político e jurídico, com parlamentares e especialistas em segurança pública exigindo investigações aprofundadas sobre o alcance e a motivação de tais planejamentos. A atuação do STF em casos de ameaças à democracia tem sido rigorosa, e a declaração de Fernandes pode configurar crimes graves, dependendo da análise das evidências e do contexto em que essas ideias foram concebidas e compartilhadas. A figura do militar, historicamente associada à defesa do Estado, agora se encontra no centro de um debate sobre a politização das Forças Armadas.

Analistas apontam que a estratégia de Fernandes em admitir a autoria de um plano como um “pensamento” pode ser uma tentativa de se eximir de responsabilidade criminal, argumentando que não houve atos concretos de execução. No entanto, o simples fato de conceber e sequer cogitar tais ações contra representantes eleitos democraticamente é preocupante e demanda atenção das autoridades competentes. A Polícia Federal e o próprio STF deverão apurar se houve algum tipo de articulação ou compartilhamento dessas ideias, o que poderia agravar significativamente a situação do general.