O General Mário Fernandes admitiu em depoimento ser o autor intelectual de um plano que visava o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As declarações, que ganharam destaque em diversas publicações como GZH, UOL Notícias, Valor Econômico e CNN Brasil, revelam uma gravidade inédita nas investigações em curso sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Fernandes detalhou que a ideia partiu dele e que o plano envolvia a execução de ações coordenadas com o objetivo de desestabilizar o governo democraticamente eleito. O general também fez menção à minuta que previa a decretação de um estado de defesa para interferir na eleição de 2022, indicando que o grupo discutiu o documento e que ele pressionou pela sua aplicação. A confissão marca um ponto de virada nas apurações, jogando luz sobre os detalhes e a profundidade de articulações golpistas. A admissão, porém, busca diferenciar o planejamento da ação efetiva, com o general classificando o plano como um mero ‘pensamento meu’ e não uma ação concreta, o que será objeto de aprofundamento pelas autoridades. O caso levanta sérias questões sobre a atuação de membros das Forças Armadas e a segurança das instituições democráticas no país, exigindo uma análise rigorosa da conduta de todos os envolvidos e das responsabilidades individuais e coletivas. A repercussão das declarações é ampla, gerando debates sobre os limites da liberdade de opinião e a linha tênue que separa o pensamento da ação criminosa em um contexto político polarizado. A investigação agora se debruça sobre a extensão das conexões de Fernandes e se outros militares ou civis participaram ativamente da concepção ou execução de tais planos, bem como a motivação por trás dessas ideias extremas. A colaboração do general promete trazer mais elementos para desvendar a complexa teia de ações e intenções que ameaçaram a democracia brasileira.