Galípolo defende Pix como infraestrutura pública sob gestão do Banco Central
Gabriel Galípolo, membro do Banco Central do Brasil (BCB), reiterou a importância de manter o Pix como uma infraestrutura pública, sob a gestão da autoridade monetária. Essa posição reforça a visão do governo de que o sistema de pagamentos instantâneos é um ativo estratégico para o desenvolvimento econômico e a inclusão financeira do país. A discussão sobre a privatização tem sido descartada categoricamente, com o BCB enfatizando o papel fundamental do Pix na modernização do sistema financeiro nacional e na oferta de serviços mais acessíveis e eficientes para a população. A preservação do caráter público do Pix visa garantir que ele continue a servir aos interesses do Brasil, promovendo a competição e a inovação no mercado de meios de pagamento. A preocupação, expressa inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é que a desestabilização do Pix, eventualmente por pressões externas ou privatização, possa impactar negativamente a economia brasileira, com o receio de que sistemas de pagamento menos vantajosos para o consumidor, como os cartões de crédito tradicionais, voltem a ganhar espaço. A investigação mencionada, possivelmente relacionada a preocupações de outros países com a arquitetura e o funcionamento do Pix, também motiva o Itamaraty a elaborar uma resposta coordenada, demonstrando a firmeza do Brasil na defesa de seu sistema de pagamentos. O Pix não é apenas uma ferramenta de transferência de recursos; ele se consolidou como uma plataforma que fomenta a atividade econômica, reduz custos de transação para empresas e consumidores e fortalece a soberania financeira do país. Sua natureza pública e a gestão centralizada pelo Banco Central são alicerces essenciais para manter essa trajetória de sucesso e garantir que os benefícios do sistema continuem a ser distribuídos de forma ampla e democrática pela sociedade brasileira. A capacidade de adaptação e a evolução constante do Pix, sempre com foco na segurança e na usabilidade, são aspectos cruciais que a gestão pública possibilita, permitindo ao Banco Central responder agilmente às demandas do mercado e às necessidades da população, sem as amarras ou os interesses comerciais que poderiam ditar o rumo de um sistema privatizado. O Banco Central vê no Pix um motor de inclusão financeira, permitindo que milhões de brasileiros, antes à margem do sistema bancário tradicional, tenham acesso a meios de pagamento modernos e seguros, o que, por sua vez, impulsiona o empreendedorismo e o consumo, gerando um ciclo virtuoso de crescimento, a administração pública do sistema garante que essas conquistas sejam consolidadas e expandidas, protegendo o Pix de influências que pudessem comprometer sua missão social e econômica.