A atriz Gabriela Duarte gerou um onda de reações negativas ao compartilhar em suas redes sociais um vídeo que tecia duras críticas a nomes consagrados da música brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, referindo-se a eles como ‘artistas decadentes’. A postagem, que rapidamente viralizou, foi vista por muitos como desrespeitosa e sem fundamento, considerando a relevância histórica e o impacto cultural desses artistas no cenário musical nacional e internacional. A atriz, conhecida por suas participações em novelas de grande sucesso da Rede Globo, viu-se no centro de uma discussão acalorada sobre liberdade de expressão versus respeito a personalidades que moldaram a identidade musical do país. A polêmica se intensificou com o teor da crítica direcionada a artistas que, juntos, representam décadas de produção artística inovadora e engajada. Com a repercussão negativa e as críticas de internautas, fãs e outros artistas, Gabriela Duarte emitiu um pedido de desculpas, afirmando que o repost teria sido feito por engano. Segundo a atriz, ela não teria assistido ao conteúdo completo do vídeo antes de compartilhá-lo, e que sua intenção não era ofender os músicos mencionados. No entanto, a explicação não foi suficiente para apagar o mal-estar causado, e o debate sobre a superficialidade com que figuras públicas lidam com temas complexos e a importância de verificar informações antes de compartilhá-las ganhou força. Este episódio levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais e celebridades na disseminação de conteúdo nas redes sociais. Em uma era onde as informações circulam em velocidade avassaladora, a curadoria do que é publicado e o impacto que tais publicações podem ter no público são fatores cruciais. Críticos apontam que, mesmo sendo um engano, a ação reflete uma possível falta de sensibilidade ou de um olhar mais aprofundado sobre a obra e o legado de artistas que são patrimônio cultural do Brasil. A relação entre arte, política e a opinião pública frequentemente se entrelaça, e o caso de Gabriela Duarte se insere nesse contexto complexo. A discussão sobre a ‘decadência’ de artistas, especialmente aqueles com carreiras longas e estabelecidas, é um debate recorrente na cultura. No entanto, reduzir a complexidade de obras e trajetórias a uma simples rotulagem de ‘decadente’ pode desconsiderar as constantes reinvenções, as novas gerações de artistas influenciadas por eles, e a própria evolução da arte ao longo do tempo. O legado de nomes como Caetano, Gil e Chico é multifacetado, abrangendo experimentação, crítica social e uma capacidade ímpar de se conectar com diferentes públicos e épocas. A declaração da atriz, mesmo que retratada como um engano, abriu espaço para que se discuta a forma como a arte e seus criadores são avaliados na sociedade contemporânea, marcados por um ambiente digital muitas vezes polarizado e impulsivo.