Gabriel Galípolo sobre inflação: nova carta ao governo se meta do 1º tri de 2026 não for cumprida
Em uma comunicação formal direcionada ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, delineou as expectativas para o controle da inflação no Brasil. Galípolo informou que uma nova carta será publicada caso a inflação não retorne ao intervalo da meta estabelecida para o final do primeiro trimestre de 2026. Esta medida sublinha a seriedade com que o Banco Central encara o desafio de estabilizar os preços na economia brasileira, um pilar fundamental para a confiança e o crescimento sustentável do país. Ele identificou o crescimento econômico, o desempenho do setor de café e os preços da energia como fatores que exerceram pressão sobre a inflação, indicando a complexidade dos vetores que influenciam o cenário inflacionário nacional e a necessidade de uma abordagem multifacetada para sua gestão eficaz. A análise do IPCA para junho de 2025, embora tenha registrado uma surpresa altista, apresentou um qualitativo considerado melhor do que o esperado, sugerindo que, apesar de pressões pontuais, a estrutura subjacente de preços pode estar se comportando de maneira mais favorável do que as projeções iniciais indicavam, um ponto de otimismo contido na avaliação do cenário atual e futuro da política monetária brasileira e seus impactos na vida dos cidadãos e na saúde financeira das empresas. A persistência de juros altos é uma consequência direta dessa avaliação, uma vez que a política monetária precisa ser restritiva o suficiente para garantir que os impulsos inflacionários sejam contidos e que a ancoragem das expectativas dos agentes econômicos ocorra de forma eficaz, assegurando a credibilidade das metas de inflação e a estabilidade de longo prazo.