G7 no Canadá: Tensões com Trump e busca por consenso marcam cúpula
A cúpula do G7, realizada no Canadá, tem sido marcada por uma atmosfera de incerteza e confrontos, principalmente devido à postura assertiva e muitas vezes unilateral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Líderes das sete maiores economias do mundo – Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos – buscam soluções para desafios globais, mas encontram obstáculos significativos na visão divergente da administração americana. Os principais pontos de discórdia incluem tarifas comerciais, o acordo nuclear com o Irã e as relações com a Rússia. A postura de Trump em relação ao Irã, exemplificada pela sua retirada do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), tem gerado preocupação entre os aliados europeus, que defendem a manutenção do acordo como forma de conter as ambições nucleares iranianas e evitar a escalada de tensões no Oriente Médio. O protecionismo comercial de Trump, que impôs tarifas sobre aço e alumínio importados, tem sido amplamente criticado pelos membros do G7, que veem essas medidas como uma ameaça à estabilidade do comércio global e uma violação de princípios de livre-comércio. Embora Trump expresse a expectativa de que acordos comerciais sejam alcançados no G7, os parceiros manifestam desapontamento com a falta de diálogo e o impacto negativo nas relações econômicas. A incapacidade de alcançar consenso em temas cruciais é uma preocupação recorrente nas cúpulas do G7 sob a presidência de Trump. Isso tem levado a questionamentos sobre a relevância e a capacidade de ação do grupo em face de grandes desafios globais. A falta de união pode enfraquecer a resposta internacional a crises, sejam elas econômicas, políticas ou humanitárias, e minar a ordem multilateral que tem prevalecido desde o pós-Segunda Guerra Mundial. É fundamental que os líderes do G7 encontrem um caminho para mitigar essas divergências e reafirmar o papel do grupo na promoção da cooperação e da estabilidade global, apesar dos entraves apresentados pela atual administração americana.