A turbulência em torno da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo atinge um novo patamar com declarações de Pedro Montenegro e informações sobre as movimentações de John Textor. Um áudio vazado revela que Montenegro acredita que Textor está empenhado em manter o controle do clube, embora enfrente dificuldades financeiras. Essa situação levanta questionamentos sobre a sustentabilidade do projeto e a capacidade da Eagle Football Holdings de honrar seus compromissos. A conexão de Textor com Evangelos Marinakis, dono do Olympiacos, que também esteve presente em reuniões recentes, sugere a possibilidade de uma nova estrutura de holding para gerir os ativos relacionados ao Botafogo. Essa mudança na governança poderia trazer novas dinâmicas, mas também gera incertezas quanto à transparência e aos interesses envolvidos. A estratégia de Textor parece ser a de consolidar seu poder, possivelmente buscando parceiros ou reestruturando investimentos para garantir a continuidade de sua atuação no futebol brasileiro. Paralelamente, o Botafogo cobra uma dívida considerável de R$ 410 milhões do Lyon, outro clube pertencente à Eagle Football Holdings, e se posiciona na defesa de Textor contra potenciais ameaças jurídicas. Essa ação demonstra a complexidade das relações financeiras entre os clubes geridos pela mesma entidade e aponta para um cenário onde os recursos de um podem ser utilizados para sanar obrigações em outro, buscando uma sinergia, mas também evidenciando a interdependência financeira. A situação se agrava com o congelamento judicial de ações movidas pela Eagle por uma dívida estimada em R$ 150 milhões com o próprio Botafogo. Essa medida, determinada por um juiz, adiciona mais uma camada de apreensão, revelando a existência de pendências financeiras internas que precisam ser resolvidas e que impactam diretamente a saúde financeira do clube carioca. A resolução dessas questões é crucial para a estabilidade e o desenvolvimento futuro do Botafogo sob o modelo da SAF.