A descoberta da potente atividade antifúngica de fungos encontrados em tumbas egípcias antigas, incluindo a famosa tumba de Tutancâmon, abriu uma inesperada porta para a pesquisa médica. Mais do que apenas um componente da mística “maldição da múmia”, esses microrganismos terrestres, que evoluíram para sobreviver em ambientes extremos e fechados por milênios, podem carregar em seu código genético a chave para novas terapias, especialmente contra o câncer. A ciência moderna investiga como esses fungos, outrora associados a doenças e superstições, podem ser a fonte de compostos bioativos com propriedades citotóxicas seletivas, capazes de atacar células cancerígenas sem danificar tecidos saudáveis.