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Friedman Alerta: Política de Trump para a China é um Desastre para os EUA. Entenda as Tarifas e a Trégua Comercial.

O renomado jornalista Thomas Friedman, em análise publicada pelo The New York Times e repercutida pelo O Globo, aponta a política adotada pelo ex-presidente Donald Trump em relação à China como um grande desastre para os Estados Unidos. Friedman argumenta que a abordagem confrontacional, marcada por guerras tarifárias e um protecionismo exacerbado, acabou por prejudicar a economia americana e suas relações internacionais de forma significativa. Ele destaca que, ao invocar a segurança nacional e a necessidade de equilibrar a balança comercial, Trump iniciou uma série de medidas que, em retrospecto, trouxeram mais prejuízos do que benefícios para os setores produtivos e consumidores dos EUA, além de semear instabilidade no cenário global. A complexidade de desmanchar essa política, mesmo após a saída de Trump, tem sido um desafio para a atual administração.

Em contrapartida, a China tem buscado ativamente mitigar os efeitos negativos das tarifas impostas pelos EUA, prorrogando a suspensão de tarifas adicionais sobre uma variedade de produtos americanos, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo e publicado pelo O Globo e Estadão. Essa medida, que visa aliviar a pressão sobre importadores chineses e demonstrar boa vontade em meio a negociações mais amplas, reflete a habilidade da China em navegar por cenários de tensão comercial e buscar soluções que protejam seus interesses econômicos. A suspensão da tarifa de 24% sobre importações americanas, em particular, é um sinal de que Pequim está disposta a encontrar pontos de convergência, mesmo em um ambiente de desconfiança mútua. Isso demonstra a flexibilidade estratégica chinesa e sua capacidade de adaptação às pressões externas.

A notícia sobre a tentativa de Trump de utilizar um grupo de trabalho conjunto para discutir a questão do fentanil da China, conforme reportado pelo Terra, adiciona mais uma camada à complexa relação bilateral. O fentanil, um opioide sintético com alto potencial de dependência e mortalidade, tornou-se uma crise de saúde pública nos EUA, e a origem de grande parte da sua produção clandestina é atribuída à China. A iniciativa de Trump em buscar uma cooperação bilateral, embora tardia e inserida em um contexto de intensa disputa comercial, evidencia a urgência do problema e a necessidade de uma resposta coordenada. No entanto, a eficácia dessa abordagem é questionada, dada a histórica dificuldade em estabelecer acordos concretos e duradouros com a China em temas tão sensíveis, especialmente quando o relacionamento global está minado por desconfiança e conflitos comerciais.

Em suma, a dinâmica entre os Estados Unidos e a China no âmbito comercial e em questões de segurança, como o fentanil, continua a ser um dos principais fatores de instabilidade e reconfiguração na geopolítica mundial. Enquanto os EUA buscam redefinir sua estratégia sob a luz das críticas sobre políticas passadas, a China demonstra resiliência e capacidade de adaptação, prorroando suspensões tarifárias e mantendo uma postura pragmática. O legado da política de Trump para a China, como um grande desastre, continua a ecoar, e os esforços para normalizar as relações e resolver questões críticas como a do fentanil provam ser um desafio monumental, exigindo diplomacia, confiança e um entendimento profundo das complexidades inerentes a essa relação definidora do século XXI.