O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, formalizou um pedido à Polícia Federal para que investigue as ameaças violentas que tem recebido em diversas plataformas de redes sociais. A ação ministerial ocorre em decorrência direta do voto proferido por Dino no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na condenação de Jair Bolsonaro por abuso de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação. A intensidade e a natureza das mensagens recebidas, que incluem incitação à violência e ataques pessoais, evidenciam um clima de polarização exacerbada e a escalada do discurso de ódio no ambiente digital brasileiro. O Ministério da Justiça, sob a liderança de Dino, tem se posicionado firmemente contra a disseminação de fake news e discursos que incitam à violência. A decisão de acionar a PF neste caso específico reforça o compromisso da pasta em proteger as instituições democráticas e os agentes públicos que atuam na defesa da ordem jurídica do país. A investigação visa não apenas identificar os autores das ameaças, mas também compreender a extensão da rede por trás dessas ações, buscando coibir a repetição de tais comportamentos antidemocráticos. Este episódio reacende o debate sobre a segurança de autoridades públicas em um cenário de intensa politização e, por vezes, radicalização em redes sociais. A liberdade de expressão é um pilar da democracia, mas deve ser exercida dentro dos limites da lei, sem cruzar a linha para o incitamento ao crime ou a ameaças diretas. A atuação da Polícia Federal será crucial para estabelecer os fatos e aplicar as sanções cabíveis, enviando uma mensagem clara de que a violência e o ódio não serão tolerados no debate público. O caso também levanta a questão da responsabilidade das plataformas digitais na moderação de conteúdo e na identificação de usuários que utilizam seus serviços para cometer crimes. A colaboração entre o governo, as empresas de tecnologia e o Poder Judiciário é fundamental para construir um ambiente online mais seguro e menos propício à disseminação de discursos extremistas, garantindo assim o pleno exercício da cidadania e a estabilidade democrática.