A expulsão de Guillermo Varela, zagueiro do Flamengo, na partida contra o São Paulo, válida pelo Campeonato Brasileiro, gerou um misto de indignação e surpresa entre a torcida e a comissão técnica. O jogador uruguaio recebeu o cartão vermelho após uma entrada mais dura em Luciano, atacante do São Paulo, em um lance que dividiu opiniões. A decisão do árbitro, Anderson Daronco, foi contestada por muitos, que consideraram a punição exagerada para a gravidade da jogada. Essa foi a terceira expulsão de um jogador do Flamengo em menos de dois meses, evidenciando uma certa indisciplina tática da equipe ou uma série de lances infelizes em momentos cruciais dos jogos.

Em meio ao tumulto do jogo e após a saída de Varela de campo, o capitão Filipe Luís teria se aproximado do zagueiro para acalmá-lo. A leitura labial de imagens da TV teria captado uma conversa entre os dois. Segundo apurou o Lance!, Filipe Luís teria dito para Plata para não se preocupar, que a equipe lutaria junta para conseguir um bom resultado e que ele (Plata) deveria manter a cabeça no lugar. Essa atitude demonstra a liderança do experiente lateral, que buscou manter o foco e a união do grupo em um momento delicado, evitando que a expulsão desestabilizasse ainda mais o time no clássico.

O Flamengo, ao longo do ano, já soma nove expulsões, o que levanta um alerta para a diretoria e a comissão técnica. Apesar disso, a postura oficial do clube tem sido de evitar culpar diretamente os jogadores ou o árbitro. A multa para Guillermo Varela, jogador de 24 anos, é uma possibilidade, mas como aponta o comentarista Walter Lavieri, multar o atleta pode ser visto como um gesto para a torcida, sem resolver a raiz do problema. Essa quantidade de cartões vermelhos em tão pouco tempo indica a necessidade de uma análise mais profunda sobre os motivos que levam a essas eliminações, seja por excesso de ímpeto, falta de controle emocional ou decisões controversas em campo.

Por outro lado, a estratégia do técnico Dorival Júnior tem sido a de não desamparar seus atletas na esfera pública, protegendo-os de críticas mais severas para que possam ter mais confiança em campo. Entende-se que, em muitos casos, as expulsões foram resultado de lances de jogo e não de uma deliberada falta de disciplina. O ocorrido contra o poderoso ataque do São Paulo, que resultou em um empate em 2 a 2, mostra a resiliência do elenco, que mesmo com um a menos, conseguiu buscar o resultado. O desafio agora é o de conciliar a proteção aos jogadores com a necessidade de apresentar um futebol mais disciplinado, que evite desfalques e penalidades futuras, garantindo a competitividade do time nas demais competições.