O Rio de Janeiro vive um dia atípico nesta segunda-feira, com feriado municipal em decorrência da 17ª Cúpula do Brics. A medida visa facilitar a logística e a segurança do evento que reúne líderes das cinco principais economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O transporte público e o funcionamento de serviços essenciais podem sofrer alterações, impactando a rotina de moradores e turistas. A cidade se preparou intensamente para receber os chefes de Estado e suas comitivas, com reforço na segurança e na organização das atividades, culminando com a divulgação da carta final do encontro ao longo do dia. Uma das questões de segurança que ganharam destaque foi a interceptação de aeronaves que sobrevoaram a área restrita de segurança estabelecida para a cúpula. A Força Aérea Brasileira (FAB) utilizou caças para identificar e escoltar as aeronaves que não cumpriram os protocolos estabelecidos, garantindo a proteção do espaço aéreo durante o evento. Esse tipo de procedimento, embora pareça drástico, é um protocolo padrão em grandes eventos internacionais para prevenir ameaças e garantir a segurança dos líderes presentes. A FAB opera um sofisticado sistema de defesa aérea que permite monitorar o espaço aéreo em tempo real e reagir a qualquer atividade suspeita. Durante a cúpula, diversos temas de relevância global foram debatidos, com destaque para a reforma das Nações Unidas, buscando maior representatividade para as economias emergentes no cenário internacional. A proposta de dois estados para a solução do conflito israelo-palestino também esteve na pauta, refletindo o posicionamento do bloco em busca de paz e estabilidade na região. Além disso, a aproximação do Irã com o grupo e as implicações geopolíticas foram discutidas, demonstrando o interesse do Brics em expandir sua influência e promover uma ordem mundial multipolar. A carta final do Brics deverá refletir os consensos alcançados nas negociações e as diretrizes para a cooperação entre os países membros. A reunião no Rio de Janeiro, além de fortalecer os laços entre os países do bloco, serve como plataforma para a articulação de interesses comuns em fóruns internacionais e para a proposição de soluções para desafios globais, reforçando a importância estratégica do Brics no contexto atual.