O youtuber conhecido como Felca, cujo nome verdadeiro é André de Oliveira, tem sido o centro das atenções após viralizar um vídeo em que denuncia a chamada “adultização” infantil. Em suas declarações, Felca reiterou sua posição de que a internet deve ser um espaço seguro e voltado para discussões adultas, levantando um debate crucial sobre os conteúdos a que crianças e adolescentes estão expostos. A sua defesa judicial demonstrou a gravidade das ameaças de morte que sofreu online, resultado direto da divulgação seletiva e distorcida de seu trabalho, que o associou indevidamente à pedofilia. Essa associação criminosa é um exemplo claro do perigo da desinformação e do discurso de ódio nas redes sociais. A juíza responsável pelo caso autorizou a retirada do sigilo de perfis que propagaram essas calúnias, abrindo caminho para a responsabilização dos envolvidos. A decisão não apenas protege Felca, mas também envia uma mensagem clara sobre os limites da liberdade de expressão quando esta se converte em difamação e incitação à violência. A repercussão desses eventos destaca como as plataformas digitais podem, e devem, ser pautadas pela urgência em combater discursos de ódio e fake news, especialmente quando estas visam desacreditar e ameaçar indivíduos por manifestarem suas opiniões. A sociedade brasileira, representada por seus veículos de comunicação e pelo judiciário, tem demonstrado um amadurecimento na forma de lidar com essas novas dinâmicas de conflito online. A rapidez com que o caso do Felca ganhou notoriedade e a resposta das autoridades evidenciam a crescente preocupação com a segurança no ambiente digital e com o impacto da internet na vida real. Projetos de lei que visam regulamentar e proteger menores online, como o que pede urgência na Câmara, ganham ainda mais relevância nesse contexto, pois buscam criar um arcabouço legal que minimize os riscos e garanta um ambiente digital mais ético e seguro para todos, especialmente para os públicos mais vulneráveis. O caso Felca serve como um estudo de caso importante sobre os desafios da liberdade de expressão, a disseminação de desinformação e a necessidade de mecanismos eficazes de proteção e responsabilização no universo digital.