Um desfecho surpreendente para um esquema de corrupção complexo marcou a prisão de um ex-auditor fiscal na região de Itamaraju, no extremo sul da Bahia. O indivíduo, foragido da justiça e condenado por sua participação na chamada Máfia do ISS, apropriação indébita de tributos e associação criminosa, foi capturado após uma operação da Polícia Federal. O caso ganha contornos ainda mais dramáticos pela estratégia que o ex-auditor empregou para evadir-se da justiça: ele forjou a própria morte, utilizando uma identidade falsa e vivendo em relativa tranquilidade no interior baiano por anos. Ao ser confrontado, o homem confessou o plano, detalhando que desembolsou R$ 40 mil para obter uma certidão de óbito falsa e, consequentemente, assumir uma nova vida, longe dos holofotes e das investigações que o cercavam. Essa atitude demonstra o nível de desespero e elaboração de criminosos de colarinho branco para escapar das consequências de seus atos ilícitos. A Máfia do ISS, um esquema que desviou milhões de reais em impostos municipais em São Paulo, envolveu uma rede de auditores fiscais e empresários que se beneficiavam da sonegação fiscal controlada. O caso remete a práticas de corrupção que afetam a administração pública e a arrecadação de impostos, essenciais para o financiamento de serviços públicos. A prisão deste ex-auditor representa mais um passo na desarticulação dessa organização criminosa e envia uma mensagem clara sobre a busca por justiça, mesmo diante de artifícios sofisticados para a fuga. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros possíveis cúmplices e desmantelar completamente a rede criminosa, garantindo que os recursos desviados sejam recuperados para o erário público. A atuação contínua das forças de segurança é fundamental para restaurar a confiança na integridade das instituições públicas e combater a impunidade.