EUA retiram celulose e ferro-níquel de tarifas, Brasil celebra alívio parcial
Os Estados Unidos anunciaram a retirada das tarifas impostas sobre as exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel, um alívio significativo para o setor produtivo nacional. A decisão representa um recuo parcial da política tarifária adotada pelo governo americano, que vinha afetando diversas commodities brasileiras. Essa medida, embora positiva, deixa em aberto a vulnerabilidade de outros produtos importantes para a balança comercial brasileira, como café e cacau, que permanecem sujeitos às taxas. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou a isenção, destacando a importância da negociação para a manutenção do fluxo comercial entre os dois países. A celulose, essencial na indústria de papel e embalagem, e o ferro-níquel, crucial na produção de aço inoxidável e ligas metálicas, são itens de peso nas exportações brasileiras, e a manutenção das tarifas poderia gerar custos adicionais impactando a competitividade no mercado internacional. A diplomacia brasileira trabalhou ativamente para reverter essa situação, buscando demonstrar os prejuízos mútuos que tarifas generalizadas poderiam acarretar. Apesar da celebração pelo alívio parcial, o setor agroexportador segue em alerta. A não inclusão de commodities como café e cacau na lista de isenções mantêm o receio de perdas econômicas. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais desses grãos, e as tarifas impostas pelos EUA podem desestimular o consumo e abrir espaço para concorrentes em mercados estratégicos. A expectativa é que as negociações continuem para buscar a reversão completa das tarifas sobre todos os produtos brasileiros. A política tarifária americana tem gerado ondas de incerteza nos mercados globais e, nesse contexto, a ação do Brasil em defender seus interesses comerciais demonstra a relevância de um diálogo constante e estratégico com os parceiros comerciais para garantir a estabilidade e o crescimento da economia nacional.