EUA retira celulose brasileira de tarifa, ministro prevê fim de taxas para carnes e café
Os Estados Unidos anunciaram a isenção total de tarifas para uma parcela significativa das exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel. A decisão, comunicada pela Casa Branca, representa uma significativa vitória diplomática para o governo brasileiro, que vinha negociando a exclusão desses produtos do pacote de tarifas anunciado anteriormente. A medida, que entrou em vigor com a Ordem Executiva de 5 de setembro, desfaz a ameaça de uma taxa de 10% que poderia impactar severamente o setor, considerado estratégico para a economia nacional. O subsecretário das Relações Econômicas Internacionais do Itamaraty, Tatiana Lacerda Prazeres, confirmou a informação, destacando que o trabalho conjunto entre os ministérios de Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foi fundamental para alcançar este resultado. A exclusão das tarifas para a celulose brasileira é especialmente relevante, dado o volume exportado e a sua importância na balança comercial brasileira. O ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, expressou otimismo com essa decisão e indicou que o governo continuará as negociações para que outros produtos importantes para o agronegócio brasileiro, como carnes e café, também sejam retirados de futuras tarifas. Essa expectativa sinaliza um esforço contínuo do Brasil em garantir o acesso a mercados importantes, fortalecendo suas relações comerciais e impulsionando o crescimento econômico. A isenção representa não apenas um alívio para os produtores, mas também um incentivo para o aumento da produção e das exportações. A celulose é um produto chave para a indústria de papel e embalagens, e sua competitividade no mercado internacional é diretamente afetada por barreiras comerciais. A isenção de tarifas nos Estados Unidos, um dos principais compradores, garante a continuidade e o crescimento das exportações brasileiras neste setor. O ferro-níquel, por sua vez, é um insumo importante para a siderurgia e outras indústrias, e sua acessibilidade sem tarifas adicionais contribui para a cadeia produtiva global. A notícia repercutiu positivamente no setor produtivo, sendo vista como um indicativo de que o diálogo e a diplomacia econômica podem ser ferramentas eficazes para a abertura de mercados e a proteção dos interesses nacionais. A expectativa agora se volta para as próximas rodadas de negociação, com a esperança de que outros setores brasileiros também possam se beneficiar de acordos favoráveis e da retirada de barreiras tarifárias em mercados estratégicos.