Departamento de Estado dos EUA critica ações de Moraes contra Bolsonaro; governo Trump expressa preocupação
O Departamento de Estado dos Estados Unidos lançou um comunicado expressando preocupações significativasregarding as ações do Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a CNN Brasil, as autoridades americanas indicaram que estão observando de perto os procedimentos em andamento, levantando questões sobre possíveis abusos de poder, perseguição política e restrições à liberdade de expressão, particularmente no que tange ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa declaração surge em um momento de crescente tensão política no Brasil, com diversas narrativas circulando sobre a atuação do judiciário em investigações que afetam figuras proeminentes da política.
O governo do ex-presidente Donald Trump também se pronunciou sobre o assunto, conforme noticiado pelo G1. Uma porta-voz da administração Trump descreveu o Ministro Moraes como o principal articulador por trás do que chamou de uma ofensiva de perseguição contra Bolsonaro. A mesma fonte assegurou que os Estados Unidos da América estão vigilantes quanto aos desdobramentos e que estão avaliando as providências cabíveis para responder à situação, sinalizando uma possível intervenção diplomática ou outro tipo de ação formal. Essa postura da gestão Trump adiciona uma camada internacional às controvérsias envolvendo o STF e a política brasileira.
Em outro cenário político brasileiro, o chamado Centrão, grupo político que tem um histórico de negociações e alianças com diferentes governos, estaria buscando se desvencilhar da atual ofensiva bolsonarista que advoga por medidas intervencionistas, como o tarifação de importações, de acordo com informações da CartaCapital. Essa articulação sugere um movimento estratégico do Centrão para se posicionar como uma força independente, evitando os riscos associados a uma associação muito próxima com as ações mais controversas do ex-presidente e seus aliados, especialmente em um contexto de incertezas econômicas e políticas.
Enquanto isso, um levantamento divulgado pelo UOL Notícias apontou que os ministros Fux, Mendonça e Nunes, que foram poupados de sanções por parte da administração Trump, têm votado em concordância com as decisões do Ministro Moraes em aproximadamente 70% das vezes. Essa estatística, originada de um contexto em que alguns ministros do STF foram incluídos em listas de restrição de vistos pelos EUA, levanta debates sobre a independência do judiciário e a influência de fatores externos nas decisões internas do Brasil. A pesquisa do Ipespe, mencionada pela CNN Brasil, também revelou que 57% dos brasileiros discordam da revogação de vistos para ministros do STF pelos EUA, indicando uma opinião pública dividida sobre a interferência estrangeira em assuntos judiciais brasileiros.