A matéria escura, que constitui cerca de 85% de toda a matéria no universo, tem sido um dos maiores enigmas da cosmologia moderna. Sua existência é inferida a partir de seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como em galáxias e aglomerados de galáxias, mas sua composição exata e interações permanecem desconhecidas. Diversas teorias foram propostas, indo desde partículas exóticas como WIMPS (Weakly Interacting Massive Particles) a modificações na gravidade, mas até o momento nenhuma observação direta confirmou sua identidade. O desafio reside justamente na sua natureza não interativa com a luz, tornando-a invisível aos telescópios tradicionais. Essa invisibilidade, paradoxalmente, é a principal evidência de sua existência. A ausência de detecção direta tem levado os cientistas a explorar novas metodologias e abordagens teóricas para finalmente solucionar este quebra-cabeça cósmico que afeta a estrutura e evolução do universo em larga escala, desde a formação das primeiras galáxias até a expansão acelerada do cosmo. A compreensão da matéria escura é, portanto, crucial para validarmos ou reformularmos nosso modelo cosmológico padrão, o Lambda-CDM. A nova estratégia proposta por este estudo busca contornar algumas das limitações das abordagens anteriores, concentrando-se em assinaturas indiretas ou em novas formas de interações que poderiam ser detectáveis, expandindo o leque de possibilidades para a investigação. O trabalho detalha como essa nova estratégia poderia guiar experimentos futuros, tanto em observações astronômicas quanto em detecções em laboratório, otimizando os recursos e aumentando as chances de um avanço significativo na área. Se bem-sucedida, esta pesquisa pode abrir um novo capítulo na exploração do universo e na nossa compreensão de seus constituintes fundamentais, iluminando aspectos que hoje permanecem na mais completa escuridão, mas que moldam de forma decisiva a realidade cósmica que observamos. Ao propor um novo caminho metodológico, os pesquisadores demonstram a contínua busca por conhecimento e a importância da criatividade científica diante dos maiores desafios da ciência.