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Entenda o que é um surto psicótico e como ajudar o paciente de forma segura

Um surto psicótico é uma alteração temporária na percepção da realidade, onde o indivíduo pode experienciar visões, sons ou sensações irreais (alucinações) ou acreditar em coisas que não são verdadeiras e que não podem ser desmentidas pela lógica (delírios). Durante um surto, a capacidade de julgamento e raciocínio da pessoa fica severamente comprometida, tornando-a vulnerável e potencialmente um risco para si mesma ou para outros. É crucial diferenciar um surto psicótico de outros transtornos mentais, embora ele possa ser um sintoma de condições como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão grave ou uso de substâncias. A duração e a intensidade dos sintomas variam bastante entre os indivíduos e os episódios. Identificar os sinais de alerta é o primeiro passo para intervir. Estes podem incluir isolamento social acentuado, mudanças drásticas de comportamento, fala desconexa, paranoia intensa ou comportamentos agitados e imprevisíveis. Muitas vezes, o surto psicótico não surge de repente, mas é precedido por um período de prodomo, onde mudanças sutis no pensamento, humor ou comportamento podem ser observadas. Estar atento a essas alterações precoces pode permitir uma intervenção mais eficaz e, em alguns casos, a prevenção do episódio agudo. A presença de histórico familiar de transtornos mentais pode ser um fator de risco. A abordagem mais segura é manter a calma e evitar confrontos diretos que possam agravar a agitação. Criar um ambiente tranquilo, falar em tom de voz baixo e demonstrar empatia, sem validar as crenças delirantes, são atitudes importantes. Oferecer apoio e encorajar a busca por ajuda profissional, seja um serviço de emergência psiquiátrica ou um médico, é essencial para o tratamento e a recuperação do indivíduo. O tratamento de um surto psicótico geralmente envolve medicação antipsicótica para restabelecer o equilíbrio químico do cérebro e terapia, tanto individual quanto familiar, para ajudar o paciente a lidar com a condição e a prevenir futuras ocorrências. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a medicação conforme necessário, garantindo a reintegração social e a qualidade de vida do paciente.