Empresário suspeito de matar gari em BH tem prisão mantida e sigilo quebrado pela Justiça
A Justiça de Belo Horizonte autorizou a quebra do sigilo bancário e telefônico do empresário Elmo José da Silva, preso preventivamente pela morte do gari Altamiro de Jesus. A decisão atende a um pedido da Polícia Civil, que apura as circunstâncias do crime ocorrido no bairro Nova Floresta, na região nordeste da capital mineira. Segundo a polícia, a quebra de sigilo é fundamental para a investigação, pois pode revelar informações importantes sobre a rotina do suspeito e seus contatos antes e depois do ocorrido, auxiliando na reconstituição dos fatos e na confirmação da autoria. O empresário já possuía antecedentes criminais, incluindo registros por agressões e um caso de homicídio no Rio de Janeiro, o que agrava a sua situação e reforça a necessidade de aprofundamento na apuração. A defesa do empresário argumenta que a prisão é desnecessária e pretende apresentar um pedido de habeas corpus. O juiz Wagner de Oliveira, ao manter a prisão, argumentou que a conduta do empresário representa um risco real à ordem pública, dada a natureza violenta do crime e o histórico do acusado. O caso ganhou grande repercussão pública após a divulgação de imagens que mostram a reação do empresário ao ser informado de que continuaria preso. Ele relatou sentir-se constrangido com a situação carcerária, mas a Justiça considerou que os motivos para a manutenção da sua custódia preventiva são suficientes e pautados na garantia da aplicação da lei penal e na lisura da investigação. A investigação segue em andamento, com a expectativa de que os dados obtidos com a quebra de sigilo forneçam elementos cruciais para o desfecho do caso, trazendo mais clareza sobre a motivação e os detalhes do trágico evento que chocou a população de Belo Horizonte e levanta debates importantes sobre segurança pública e a reincidência criminal no país.