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Empresária de 40 anos morre durante cirurgia plástica em São Paulo

Uma empresária de 40 anos morreu na última quinta-feira (24) enquanto passava por uma cirurgia plástica em uma clínica na Zona Sul de São Paulo. A vítima realizaria três procedimentos: lipoaspiração, abdominoplastia e mamoplastia de reconstrução. A morte levanta questões importantes sobre a segurança da combinação de múltiplos procedimentos cirúrgicos em uma única sessão, prática que, embora comum, exige avaliações rigorosas e acompanhamento pós-operatório cuidadoso. A empresária era conhecida em sua área e chegou a ser homenageada em eventos recentes, destacando uma vida ativa e reconhecida em seu meio profissional. A família busca respostas sobre as circunstâncias exatas que levaram ao óbito.

O caso reacende o debate sobre a regulamentação e fiscalização de clínicas de cirurgia plástica e especialmente sobre a qualificação das equipes médicas envolvidas. Cirurgias plásticas, embora frequentemente vistas como procedimentos estéticos, são intervenções cirúrgicas com riscos inerentes, que podem ser potencializados quando combinadas. A lipoaspiração, por exemplo, envolve a remoção de gordura corporal por sucção, enquanto a abdominoplastia visa remover o excesso de pele e gordura abdominal, e a mamoplastia de reconstrução pode envolver alterações na forma ou tamanho das mamas, muitas vezes após outras intervenções.

Profissionais da área de saúde frequentemente alertam para a importância de avaliar a saúde geral do paciente antes de submetê-lo a procedimentos cirúrgicos, especialmente aqueles que envolvem anestesia e um tempo cirúrgico prolongado. Fatores como comorbidades pré-existentes, idade, histórico de reações a anestésicos e a própria extensão dos procedimentos são cruciais na decisão e na segurança do paciente. A combinação de vários procedimentos pode aumentar o tempo de cirurgia e de anestesia, elevando o risco de complicações como tromboembolismo, arritmias cardíacas, e problemas respiratórios, além de um maior risco de infecções e complicações relacionadas à cicatrização.

A investigação sobre a morte da empresária deverá abordar todos esses pontos, desde a avaliação pré-operatória da paciente até a execução da cirurgia e os protocolos de emergência adotados pela clínica. O resultado desta apuração será fundamental para que a família obtenha justiça e para que medidas preventivas sejam reforçadas no setor, visando garantir a segurança de todos que buscam procedimentos estéticos.