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Empreendedorismo é preferência para a maioria dos brasileiros, aponta Datafolha

De acordo com uma recente pesquisa divulgada pelo Datafolha e publicada pela Folha de S. Paulo, uma maioria expressiva de 59% dos brasileiros prefere trabalhar por conta própria em vez de possuir um emprego formal. Este dado reflete uma tendência crescente de empreendedorismo e busca por autonomia no mercado de trabalho nacional. A motivação por trás dessa preferência geralmente envolve a flexibilidade de horários, a liberdade de tomar decisões e a possibilidade de maior controle sobre o próprio futuro profissional, elementos muitas vezes limitados em empregos tradicionais.

O estudo levanta questões importantes sobre a satisfação no trabalho e as aspirações da força de trabalho brasileira. Enquanto o emprego formal oferece estabilidade, benefícios e uma estrutura definida, muitos brasileiros parecem valorizar mais a autonomia e o potencial de crescimento pessoal e financeiro que o empreendedorismo pode proporcionar. Essa escolha pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a percepção de que o trabalho autônomo permite uma melhor adequação ao estilo de vida desejado e a possibilidade de explorar paixões e talentos de forma mais direta.

A pandemia da COVID-19 também pode ter acelerado essa mudança de perspectiva. O aumento do trabalho remoto e as incertezas no mercado de trabalho tradicional levaram muitos a reconsiderarem suas carreiras e a buscarem caminhos alternativos. O empreendedorismo, em muitas de suas formas, demonstrou resiliência e adaptabilidade durante este período, reforçando sua atratividade para aqueles que buscam segurança e controle em um cenário volátil.

Contudo, é fundamental reconhecer que o caminho do empreendedorismo também apresenta seus próprios desafios, como a instabilidade de renda, a necessidade de autodisciplina constante, a gestão de múltiplos papéis (do vendedor ao financeiro) e a ausência de benefícios garantidos como férias remuneradas e plano de saúde. A pesquisa do Datafolha, ao destacar essa preferência, convida a uma reflexão mais profunda sobre as políticas públicas e o apoio oferecido aos empreendedores no Brasil, buscando facilitar o acesso a crédito, capacitação e redes de apoio que permitam mitigar esses riscos e fomentar um ambiente mais propício para a geração de novas empresas e a sustentabilidade dos negócios próprios.