A imprensa argentina reagiu com forte decepção e, em alguns casos, revolta à eliminação do River Plate na semifinal do Mundial. Comentários apontam para a falta de senso de urgência e a incompreensão da magnitude do torneio por parte da equipe, que era considerada uma das favoritas. A análise vai além do resultado em campo, adentrando em questões estruturais e de gestão do futebol argentino, com críticas direcionadas à própria federação e ao modelo de gestão dos clubes de futebol, especialmente após também a queda precoce do Boca Juniors. O cenário deixa a América do Sul sem representantes nas fases finais do torneio, um reflexo do desempenho abaixo do esperado das equipes do continente. Javier Milei, presidente da Argentina, usou a ocasião para reforçar suas críticas à atual liderança da federação de futebol e reiterar seu posicionamento a favor da implementação de Sociedades Anônimas Esportivas (SADs) como um caminho para modernizar e profissionalizar o esporte no país. A fala de Milei adiciona uma camada política à discussão sobre a crise no futebol argentino, ligando o desempenho em campo a um modelo de governança questionado. A performance do River Plate, sob o comando de Marcelo Gallardo, era vista como um termômetro do futebol sul-americano em nível global, e sua saída precoce foi interpretada como um choque de realidade para as aspirações do continente em competir em igualdade de condições com as potências europeias e outras regiões emergentes. A falta de um plano B tático e a dependência de jogadas individuais em momentos cruciais também foram apontadas como falhas significativas, evidenciando a necessidade de uma reflexão profunda sobre as estratégias de desenvolvimento e preparação das equipes argentinas para competições internacionais. A repercussão negativa na mídia local e internacional sublinha o peso da camisa do River Plate e as altas expectativas depositadas a cada participação em torneios de prestígio, tornando a eliminação um tema de intenso debate.