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Dólar sobe para R$ 5,57 em dia de baixa liquidez nos mercados; Bolsa cai

Nesta terça-feira (XX), o dólar comercial brasileiro encerrou a sessão cotado a R$ 5,57, apresentando uma valorização de 0,44% impulsionada por fatores internos e externos. A reduzida liquidez dos mercados financeiros globais contribuiu para a volatilidade da moeda, que tem oscilado significativamente nas últimas semanas. Investidores observam atentamente os desdobramentos da política monetária nas principais economias do mundo, bem como os dados econômicos brasileiros, que continuam a moldar as expectativas para os próximos meses. A saída de recursos do país, seja por remessas de lucros de empresas estrangeiras ou por investimentos de brasileiros no exterior, também exerceu pressão altista sobre o dólar.

O cenário internacional continua sendo um dos principais vetores para o desempenho da moeda americana no Brasil. A incerteza sobre as próximas decisões de bancos centrais como o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu (BCE) gera apreensão nos mercados. Qualquer sinalização de juros mais altos por mais tempo em economias desenvolvidas tende a atrair capital para esses países, enfraquecendo moedas de mercados emergentes como o real. Além disso, tensões geopolíticas e dados de inflação globais são monitorados de perto, podendo desencadear movimentos bruscos nas cotações.

Do lado doméstico, o mercado brasileiro também digere dados econômicos recentes e discute as perspectivas para a economia nacional. A inflação, o nível de endividamento público e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são pontos cruciais que influenciam a percepção de risco e, consequentemente, o valor do real frente ao dólar. A decisão da política monetária local, a taxa Selic, também é um fator de peso, com o Banco Central do Brasil buscando equilibrar o combate à inflação com a necessidade de não sufocar a atividade econômica. Qualquer mudança nas expectativas sobre esses indicadores pode reverberar diretamente no câmbio.

Em contrapartida, a bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de 0,25%, aproximando-se dos 160 mil pontos. A menor liquidez no mercado de ações, característica de dias com menor volume de negociações, pode ter amplificado as quedas. A cautela dos investidores se estendeu aos ativos de risco, refletindo a preocupação com o cenário econômico global e também com especulações internas, como as que rondam a empresa Master, mencionada em algumas análises de mercado. A busca por segurança em momentos de incerteza tende a favorecer ativos de menor risco, impactando negativamente a performance da renda variável.