O dólar americano testemunhou uma alta significativa nesta sessão, encerrando o dia negociado a R$ 5,43, um avanço de 0,48% em relação ao fechamento anterior. Essa valorização da moeda estrangeira é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo o desempenho misto dos mercados internacionais e a crescente atenção dos investidores domésticos ao andamento do julgamento que abrange o ex-presidente Jair Bolsonaro. A incerteza política gerada por esses eventos tende a aumentar a percepção de risco, levando fundos a buscarem ativos considerados mais seguros, como o dólar. A conjuntura global também desempenha um papel crucial nesse cenário. Dados econômicos recentes dos Estados Unidos, como números de inflação e indicadores de atividade, têm gerado volatilidade nos mercados globais, influenciando diretamente o fluxo de capitais para economias emergentes como a brasileira. Qualquer sinal de desaceleração econômica nos EUA ou de manutenção de uma política monetária restritiva por parte do Federal Reserve pode levar investidores a repatriar recursos, elevando a demanda por dólares em detrimento de outras moedas. No âmbito doméstico, a volatilidade cambial é frequentemente exacerbada por eventos políticos e a percepção de estabilidade institucional. O desenrolar do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro adiciona uma camada de incerteza que os mercados financeiros tentam precificar. Flutuações na percepção de risco político podem impactar as decisões de investimento, afetando tanto o câmbio quanto o mercado de ações. A expectativa é que a clareza sobre os desdobramentos desse processo possa trazer maior previsibilidade ao mercado. Em contrapartida, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um pequeno recuo, refletindo um comportamento de cautela por parte dos investidores. A performance mista entre as moedas e os índices acionários demonstra a complexidade do momento atual, onde diversos fatores econômicos e políticos convergem para criar um ambiente de alta volatilidade. A busca por rendimentos em cenários de incerteza leva os investidores a reavaliarem suas carteiras, privilegiando setores e ativos com maior resiliência ou potencial de recuperação em caso de reversão do quadro atual.