A notícia da queda do dólar e do petróleo após os ataques iranianos a bases americanas no Iraque trouxe um alívio momentâneo aos mercados financeiros globais. A reação do Irã foi considerada contida, com o país indicando que a questão pode ser considerada encerrada, o que afastou o temor de uma retaliação mais severa e de um conflito regional mais amplo. Essa percepção de menor risco geopolítico permitiu que os investidores adotassem uma postura menos defensiva, buscando ativos que se beneficiem de um cenário de maior estabilidade.

O petróleo, em particular, sofreu uma descompressão após dias de alta impulsionada pela expectativa de um conflito direto entre EUA e Irã. O Oriente Médio é uma região crucial para o fornecimento global de petróleo, e qualquer instabilidade ali tem impacto direto nos preços da commodity. A ausência de danos significativos às infraestruturas de produção e o sinal de autocontenção por parte do Irã afastaram o risco de interrupções no suprimento, levando à queda nos preços.

Nos Estados Unidos, as bolsas de valores fecharam em alta em uma sessão volátil, refletindo essa busca por otimismo apesar das tensões. O alívio com os ataques limitados do Irã prevaleceu sobre os receios de uma escalada militar, permitindo que o sentimento positivo influenciasse o desempenho dos índices. Esperanças de que o Federal Reserve possa realizar cortes na taxa de juros ao longo do ano também contribuíram para o movimento de alta, com investidores precificando um cenário macroeconômico mais favorável.

No Brasil, o Ibovespa, por outro lado, fechou em queda, impactado principalmente pela queda nos preços do petróleo e pelo desempenho das ações da Petrobras. O setor de energia é um dos pilares do mercado acionário brasileiro, e a desvalorização do petróleo tem um efeito direto na rentabilidade da estatal e, consequentemente, no índice geral. Apesar do alívio internacional, o fator doméstico e a exposição das empresas brasileiras ao setor de commodities mantiveram o desempenho negativo.